Letramento, o VILÃO da Alfabetização no Brasil

Tempo de leitura: 18 minutos

No Brasil, sobra letramento, mas ler e compreender textos bem é raridade. Conheça um dos graves problemas educacionais que impede nossas crianças de aprender a ler com eficácia.

“A aprendizagem das funções sociais da língua escrita é o que se chama letramento

Você sabe o que é letramento?

Se você quer se informar e se instruir para assumir essa tarefa e ajudar a livrar seu filho do analfabetismo funcional, conte comigo!

Você sabe por que muitas crianças brasileiras não aprendem a ler e a escrever?

O problema é bastante complexo e envolve questões de várias naturezas, como a falta de recursos econômicos, a má administração de escolas e de secretarias de educação e políticas públicas ineficazes na área da educação.

Essas são coisas de que você já está cansado de saber. Mas os problemas não param por aí. E hoje eu gostaria de falar sobre um problema muito grave que, no entanto, não é tão conhecido pelas pessoas em geral.

Esse problema já foi diagnosticado por grandes acadêmicos, dentre os quais se encontram o Prof. Fernando Capovilla, que já concedeu uma entrevista ao blog Como Educar seus Filhos, o português José Morais, que também deu uma entrevista ao blog, e outros pesquisadores que participaram da redação de um relatório, em 2007, para a Câmara dos Deputados sobre alfabetização infantil no Brasil. Esse relatório contou com a revisão editorial do Prof. Luís Carlos Farias da Silva.

Eu considero tão importante esse relatório que no ano passado o entreguei ao Deputado Federal Diego Garcia, que é um dos membros da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

“Dep. Diego Garcia: O professor me presenteou com esse estudo, que é um estudo da Câmara dos Deputados, e agora é minha missão levar isso ao conhecimento do nosso Ministro da Educação, levar isso para dentro da Comissão de Educação e, quem sabe, ver esse trabalho se replicando em todo território nacional.”

Para quem não sabe, o Deputado Diego Garcia veio a Londrina me entregar este diploma de mérito: “Ao Professor Carlos Nadalim, por ter sido indicado à Comissão de Educação para concorrer ao Prêmio Darcy Ribeiro de Educação de 2016”.

Muitas crianças brasileiras também não estão aprendendo a ler e a escrever porque os procedimentos de alfabetização são ineficazes, e isso é apresentado no relatório que acabei de mencionar.

A formação dos professores é extremamente deficiente no Brasil, e mesmo diante dos péssimos resultados em testes internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (do inglês Programme for International Student Assessment – PISA), os educadores do país insistem em trilhar o mesmíssimo caminho desde os anos 1980, recomendando os mesmos teóricos e as mesmas práticas ineficazes que têm garantido o nosso fracasso.

Você quer uma prova disso?

A novíssima Base Nacional Comum Curricular continua propondo uma alfabetização de base construtivista. Ela fez, sim, de forma muito confusa, algumas concessões à abordagem fônica, mas confunde a alfabetização com a compreensão e produção de textos e ainda propõe como solução para todos os males o velho binômio alfabetização e letramento.

“A aprendizagem das funções sociais da língua escrita é o que se chama letramento

Os documentos do MEC afirmam que a alfabetização só existe no contexto do letramento.

Mas você sabe o que é letramento?

Eis o que diz uma das mães do letramento no Brasil, a Dra. Magda Soares:

“Porque a língua escrita serve para alguma coisa; a língua escrita existe na humanidade para quê? Para as pessoas interagirem, para registro da memória, enfim, para funções sociais. Essas funções sociais, essa aprendizagem das funções sociais da língua escrita é o que se chama letramento.”

“Funções sociais.” Estou entendendo o que a senhora quis dizer com tudo isso aí. Ok, Magda Soares, é isso mesmo, a língua serve para alguma coisa, não basta saber apenas a relação entre grafemas e fonemas, fonemas e grafemas; não basta ler somente, é preciso entender o que se lê e saber para que servem a leitura e a escrita. É preciso ir muito além das letrinhas, dos grafemas, não é mesmo? Você está certa. Mas o fato, Dra. Magda, é o seguinte: as nossas crianças não estão aprendendo nem isso. Elas não conseguem fazer o básico.

E se as crianças não conseguem ler, se tropeçam num encontro consonantal, por exemplo, se não têm um vocabulário razoável, se não conseguem fundir fonemas para compor sílabas, palavras etc., como elas vão compreender, e ainda interpretar, textos? Como, por exemplo, uma criança vai ter uma visão crítica sobre um artigo de opinião da Folha, ou compreender a “função social” de uma placa de trânsito, de uma embalagem de Danoninho, ou ainda da linguagem empregada por Felipe Neto no último vídeo dele no Youtube? Como uma criança vai se sentir incluída, acolhida, empoderada se mal conseguiu ser alfabetizada, se não conquistou o mínimo, que é aprender a ler e a escrever?

Porém, segundo Magda Soares, seria preciso alfabetizar e letrar ao mesmo tempo.

“Mas, ao mesmo tempo, na aprendizagem inicial da língua escrita, eles devem ser contemporâneos, eles devem atuar ao mesmo tempo: a criança se alfabetiza num contexto de letramento, e a criança se letra ao mesmo tempo se alfabetizando.”

Gente, no fundo, o letramento nada mais é do que uma reinvenção construtivista da alfabetização.

Agora eu vou ler para você um trecho de um documento encontrado no portal do MEC, chamado Escola Ativa: Alfabetização e Letramento vol. 1. Preste bem atenção:

“Letramento é a utilização desta tecnologia em práticas sociais de leitura e de escrita. Como diz Magda Soares, não adianta aprender uma técnica e não saber usá-la. Diante dessas afirmativas, não podemos perder o foco e desconsiderar a especificidade da aquisição do sistema de escrita (ensinar a técnica), sem perder de vista as práticas sociais de leitura e escrita.”

Muito bem, como você notou há uma insistência nessas “práticas sociais”.

Por que isso acontece?

Porque o letramento é, em suma, a aplicação do construtivismo ao ensino de leitura e escrita, ponto-final. Trata-se de uma reinvenção construtivista da alfabetização.

O letramento é também uma espécie de ambientação latino-americana, especialmente brasileira, do Whole Language; eu já falei desse assunto aqui no blog. O Whole Language é um movimento que teve início nos Estados Unidos, segundo o qual o aprendizado da leitura e da escrita não seria substancialmente diferente do aprendizado da língua oral.

Mas o Whole Language fracassou em países como Israel e no estado da Califórnia. Fracasso constatado a tempo pelos governos, que logo trataram de reformular suas políticas educacionais.

E você sabe o que essa abordagem sobrevaloriza?

Essa abordagem sobrevaloriza o papel das funções sociais da linguagem no processo de aprendizagem da leitura e da escrita. E é o que vemos nos documentos do MEC voltados para os professores alfabetizadores.

Tal abordagem demonstra uma preocupação exagerada com a construção de uma sociedade igualitária, democrática e pluralista, em formar leitores críticos, engajados e conscientes, em acabar com os preconceitos e discriminações de todo tipo.

Muito bem, por outro lado, falta a esses documentos uma orientação clara com base em evidências científicas comprovadas e atualizadas de como alfabetizar as crianças. Faltam, por exemplo, requisitos claros e específicos para a formação inicial de professores alfabetizadores. Aliás, essa deficiência na formação dos professores também é constatada pela própria Magda Soares:

Os professores hoje são bem formados para isso?

Dra. Magda: Esse é o grande problema. Não estão. Os professores não estão sendo formados para isso. Há várias pesquisas mostrando que não estão. O curso de Pedagogia não tem feito essa preparação.”

Agora veja você qual é uma das preocupações de Emília Ferreiro, uma das autoras mais citadas nos documentos do MEC sobre alfabetização e letramento:

“Quando se quer ensinar a escrita como um código, necessariamente se recorre a um dialeto de prestígio, chamado dialeto padrão, com os consequentes problemas de desprezo ou menosprezo das variantes de falas dos alunos que pertencem aos grupos segregados do poder cultural e econômico; porque o dialeto de prestígio, não é raro que assim seja, chamado dialeto padrão, corresponde aos modos de falar dos grupos que têm prestígio social e poder econômico.”

Você notou que é uma preocupação ideológica, não é mesmo?

“Um olhar fundamentado em conhecimentos que ela tem do processo psíquico, psicogenético…”

Para resolver, então, essas situações de desigualdade, a solução seria ensinar a ler e a escrever – o que já não é uma tarefa fácil – e ao mesmo tempo ensinar a fazê-lo considerando as inúmeras variações dialetais e o maior número possível de contextos de uso da língua, para que nenhuma criança se sinta excluída.

Agora vou lançar um desafio a vocês: experimente fazer isso com uma criança de 6, 7, 8 anos que mal consegue ler e compreender uma frase completa.

Você vai ver no que vai dar…

“Todas as atividades partindo sempre do texto; o texto de vários gêneros, de várias dimensões: o texto informativo, o texto narrativo, poema, o texto mais curto, o texto mais longo, o texto da publicidade. Enfim, os vários gêneros de texto trabalhados com a criança; num primeiro momento, naturalmente, a leitura do texto, que pode ser também uma leitura oral, uma leitura silenciosa, leitura pelas crianças, leitura pela professora…”

Com base nisso os professores começam a encher as crianças de textos que se aproximam da sua realidade, abarrotados de gírias, com uma linguagem predominantemente coloquial e, muitas vezes, meramente informativos.

Na verdade esses textos não são nada atraentes para as crianças, que costumam achar tudo isso uma bela de uma chatice. Ver um professor tentar aproximar-se da realidade das crianças, repetindo aquela linguagem, é forçar entrosamento, é algo, muitas vezes, ridículo.

Mas agora, com a novíssima Base Nacional Comum Curricular, a proposta é intensificar o contato dos alunos com uma linguagem mais coloquial e explorar as linguagens como aparecem nas redes sociais: o tipo de comunicação oral empregado por youtubers, na redação de mensagens de texto, em memes, em podcasts, em e-mails, e assim por diante.

E qual será então o resultado dessas novas propostas?

Mais analfabetos e mais analfabetos funcionais.

Um dos grandes erros dessa abordagem é acreditar que as crianças podem aprender a ler e escrever por meio de um jogo psicolingüístico de adivinhações; eu já toquei no assunto também aqui no blog, mas vale a pena retomá-lo.

Como é que funciona mais ou menos esse jogo?

De maneira lúdica, o alfabetizador faz perguntas às crianças, a fim de que elas levantem hipóteses sobre textos, estabelecendo, elas mesmas, de forma autônoma, as relações entre grafemas e fonemas, descobrindo o significado das palavras por meio do contexto etc.

Fuja dessa ilusão, isso simplesmente não existe! O simples convívio com textos escritos não permite às crianças construir hipóteses. Essa idéia é perigosíssima e já foi amplamente refutada pelas evidências científicas. As crianças, principalmente aquelas de meios mais desfavorecidos, precisam de um ensino explícito da decodificação.

Vou apresentar agora uma prova do que acabei de afirmar. Os trabalhos do psicólogo José Morais demonstraram que a tomada de consciência dos fonemas não é automática, ela depende do ensino explícito de um código alfabético. 

O Brasil é um país infestado pelo letramento desde os anos 80. O ensino de leitura e escrita no Brasil passou a sofrer maior influência dessa abordagem construtivista nos anos 80; e a coisa está bem clara nos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs, documentos que pautam os currículos da educação básica em todo o país desde 1997.

“A aprendizagem das funções sociais da língua escrita é o que se chama letramento

Essa abordagem do letramento é ensinada em todos os cursos de Pedagogia do país. E se você examinar cada documento de diretrizes curriculares de cada estado e município do país, verá também ali as mesmas idéias.

Um detalhe importante: a maioria das escolas particulares tão pouco escapa a tal abordagem, já que os professores que atuam na rede privada também se formaram tendo como base os PCNs, além de terem lido praticamente os mesmos autores: muito Paulo Freire, Vygotsky, Magda Soares, Emília Ferreiro, entre outros.

E por falar em Paulo Freire e Magda Soares, vou ler aqui um trechinho de uma entrevista que foi concedida pela Dra. Magda Soares:

A senhora foi amiga de Paulo Freire, como o seu trabalho se aproxima do dele?

Dra. Magda: Considero que trabalho com os mesmos pressupostos e os mesmo ideais que ele, com a mesma utopia. Não considero que a principal contribuição de Paulo Freire é um método de alfabetização. O que chamam de “método Paulo Freire de alfabetização” não existe. A grande contribuição que ele deu foi a visão política da alfabetização e da luta contra o analfabetismo. Quanto à alfabetização, sua contribuição foi que não se deve alfabetizar com “Eva viu a uva”, mas sim com palavras e textos da realidade da pessoa. O foco de Paulo Freire foi, sobretudo, a alfabetização do adulto. Meu foco é a alfabetização de crianças. Alfabetizando um operário é fundamental trabalhar com a palavra “tijolo”, por exemplo; alfabetizando crianças, trabalho com a palavra “boneca” ou “bola”. Tudo isso para a pessoa aprender a língua escrita como instrumento de inserção social e cultural e da luta por seus direitos. A arma social de luta mais poderosa é o domínio da linguagem, é através dela que as classes dominantes dominam. É essa a visão que Paulo Freire tinha e que eu tenho.”

“Aquilo tudo me remeteu a Marx; foi a realidade deles que me remeteu a Marx.”

E a conclusão é uma só: grande parte de nossos pedagogos e profissionais da área de educação é formada para construir edifícios sem fundação sólida. Há tanta preocupação em fomentar a socialização e em promover uma visão crítica na criança que resta pouco tempo e pouco investimento para ensinar o básico, o fundamental.

E aí, você quer confiar a alfabetização dos seus filhos a esses educadores, ou prefere garantir que eles tenham uma fundação sólida em sua educação?

Muito bem, se você está aí preocupado com a educação dos seus filhos, preocupado com a alfabetização dos seus filhos, saiba você que a Dra. Magda Soares diz que não cabe aos pais alfabetizarem seus filhos, uma vez que os pais não têm uma formação adequada.

“A escola precisa fazer aquilo que não cabe à família fazer, porque é preciso ter formação para fazer isso, é metodizar essa aprendizagem da cultura escrita.”

Olha que coisa curiosa, a mesma autora diz também que os professores não estão recebendo uma formação adequada, inclusive de grupos de formação continuada, dos quais ela mesma participou.

… É a deixa para a minha pergunta: os professores hoje são bem formados para isso?

Dra. Magda: Esse é o grande problema. Não estão. Os professores não estão sendo formados para isso. Há várias pesquisas mostrando que não estão. Os professores se queixam que não estão. O curso de Pedagogia não tem feito isso, essa preparação, porque ele fica dividido entre dar os fundamentos, e essa parte de formação propriamente do professor que vai para a sala de aula está muito secundarizada.

Conclusão: de acordo com a Dra. Magda Soares, você que é pai deve cruzar os braços e aguardar um programa de formação que melhore as capacidades dos professores do seu filho, sem fazer nada diante dessa situação.

Mas José Morais, autor reconhecido internacionalmente, que concedeu uma entrevista ao blog Como Educar seus Filhos, disse o seguinte em um de seus livros:

“Voltemos às competências básicas da aprendizagem da leitura: a identificação das letras que supõe a atenção aos traços visuais, que as distinguem umas das outras e o conhecimento da maneira de pronunciá-las, e a consciência dos fonemas, que se concretiza em habilidades de manipulação dessas unidades, são competências que, pela sua importância para a aprendizagem da leitura, têm de ser adquiridas – e ensinadas – no começo desse processo. É uma tarefa para os professores e – por que não? – também para os pais adequadamente informados e instruídos.”

Prof. Carlos: Em outro momento você diz que a alfabetização é uma missão dos professores, e aí você destaca “e – por que não? – também dos pais, desde que devidamente informados e instruídos”; eu queria que você falasse um pouquinho sobre esse trecho do livro, porque há pais que pensam assim ‘Eu não tenho curso de pedagogia, como vou alfabetizar meus filhos, já que as escolas não estão cumprindo o seu papel?’

Prof. José Morais: Não precisa de curso de Pedagogia. Primeira coisa que é preciso é ter vontade que seu filho ou sua filha se desenvolva a nível de linguagem, a nível social, em todos esses aspectos. A alfabetização é talvez o primeiro grande tipo de aprendizagem.”

Se você quer se informar e instruir para assumir essa tarefa e ajudar a livrar seu filho do analfabetismo funcional, conte comigo! Eu e toda a equipe do blog Como Educar seus Filhos estamos trabalhando para que cada dia mais pais se conscientizem e descubram que são capazes de preparar seus filhos para a alfabetização, e até mesmo de alfabetizá-los.

Eu estendo também esse convite aos professores alfabetizadores que anseiam por melhorar sua formação e oferecer a oportunidade de uma alfabetização eficaz a seus alunos.

Veja o que a Josiane disse:

“Ótimo vídeo! Sou pedagoga e aluna do Prof. Carlos Nadalim. Aprendendo mais com ele do que aprendi na faculdade, e vejo mais resultado no método dele do que em todos os outros que estudei!”

E para encerrar quero fazer um convite muito especial a todos que acompanharam atentamente este vídeo: a Jornada da Alfabetização em Casa já está no ar, ela vai até o próximo domingo. Se você quer acompanhar os vídeos, os conteúdos da Jornada, basta cadastrar seu e-mail no link que está aqui em cima ou aqui embaixo – faça isso agora mesmo! – para que você receba todos os conteúdos da Jornada da Alfabetização em Casa.

Ao longo da Jornada, eu apresento dicas práticas, simples e divertidas para que você introduza de maneira segura seus filhos no universo da alfabetização, e você pode, sim, fazer isso em casa.

Faça a sua inscrição e participe da Jornada da Alfabetização em Casa. Trata-se de um evento online totalmente gratuito.

Então é isso!

Fique com Deus e até a próxima.


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1 comentário


  1. Não entendi quase nada!
    O que tem de mal em aprender a ler e escrever concomitantemente?… e usando fatos do cotidiano das crianças?
    Funções sociais da linguagem é mera agenda a ser cobrada dos professores, mas se iludem, pois os alunos nem tem tempo para essa balela enquanto estão aprendendo ainda a ler e escrever. Eu aprendi a ler e escrever nos primeiros dois meses de aula, em 1986, com anos, e lembro de lago semelhante ao que aparece no vídeo, da professora ensinando a menina na carteira. Isso acontecia, a professora instigava-nos a arriscar a sílaba, a letra, mas isso depois de termos decorado o alfabeto inteiro. Não foi difícil e não me tornei massa de manobra, nem militante esquerdista, pelo contrário. Aliado a esses sistema de alfabetização que passei, e que é posto na berlinda aqui, tive estímulo à leitura.

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