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Este é o primeiro vídeo de 2016 do quadro “Perguntas&Respostas”. Nós recebemos uma pergunta da nossa aluna Mariana Braga: “Eu gostaria de saber quando é realmente um problema a criança não falar. Digo, a partir de que idade? Meu filho tem quase 1 ano e 11 meses mas não fala, ele só aponta. Além disso, entende o que dizemos, aponta partes do corpo, mas fico com muita dúvida em procurar um profissional para ajudar. Nem sei qual o profissional capacitado para isso. O que fazer?”.
Mariana, já conversei muito com o professor Luiz Carlos sobre o assunto e trouxe aqui algumas anotações que resumem bem o resultado das minhas discussões com ele. Em geral, as crianças começam a falar a partir de 1 ano e 8 meses. Porém isso depende de criança para criança, do tipo de estimulação e da qualidade de estimulação verbal. Num primeiro momento você não precisa ficar preocupada.
Meu filho, por exemplo, que recebia estimulação verbal desde pequeno, começou a falar as primeiras palavras com quase 2 anos. Como não conheço seu filho, não posso emitir aqui um parecer a respeito da situação, mas reservei para você e para os demais alunos algumas respostas que nós podemos esperar das crianças de acordo com a faixa etária.
Quando o assunto é comunicação, desenvolvimento da linguagem, normalmente as crianças reagirão da seguinte maneira:
- de 6 a 12 meses: vão balbuciar;
- entre 1 e 2 anos: falam palavras soltas e, em seguida, conseguem formar frases com 2 ou até 4 palavras;
- de 2 a 3 anos: aprendem de 2 a 4 palavras novas por dia e, além disso, começam a nomear as coisas com mais rapidez;
- entre 3 e 4 anos: já recitam frases de histórias que escutaram da leitura feita pelos pais.
Em termos de desenvolvimento lingüístico e desenvolvimento da fala, é isso o que podemos esperar. Aqui eu passei apenas alguns pontos, os principais, de forma resumida. Por isso, não se preocupe.
“Ora, mas você não disse que nessa fase já são capazes de falar entre 2 e 4 palavras”. Sim, mas há crianças que começam com mais de 2 anos. Depende muito de criança para criança e da qualidade do estímulo recebido.
A dica que eu dou é a seguinte: continue promovendo um ambiente de estimulação lingüística no qual você converse diariamente com seu filho, leia em voz alta para ele, para que assim, no futuro, ele converta tudo o que ouviu em fala.
Caso o problema persista, procure então um profissional especializado, um fonoaudiólogo ou um bom pediatra, para fazer uma análise mais apurada. No entanto não se preocupe, já conheci crianças que começaram a falar com 11 meses e outras que iniciaram com 2 anos e 6 meses; as que começaram mais tarde não demonstraram problema no desenvolvimento lingüístico. Há casos em que pode ser prejudicial, fique atenta, mas ainda não há razão para se preocupar.
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