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Hoje quero falar rapidamente sobre um erro que a maioria das escolas comete no período da pré-alfabetização ou no da alfabetização e dar algumas orientações para que esse erro não ocorra em sua casa.
No momento da alfabetização, nós sabemos que os professores nas escolas dão ênfase excessiva à percepção visual, ao reconhecimento e à nomeação de letras. Tudo isso é importante e faz parte do processo, porém nós precisamos saber em que momento a criança terá de treinar tais habilidades.
Num primeiro momento, as crianças precisam de uma estimulação auditiva. Isso mesmo: auditiva. Por quê? Ora, quando você ensina alguém a ler, no fundo, essa pessoa transformará letras, palavras, a realidade gráfica do texto, em realidades sonoras da fala. Por isso, se a criança não tem experiências sonoras da fala, é muito improvável que ela consiga um alto desempenho em leitura. O que fazer em casa para evitar esse equívoco?
Vamos começar pela linguagem. Sabemos que somos capazes de produzir e perceber linguagens. Percebemos primeiro e depois produzimos. De um lado, há a linguagem oral; de outro, a linguagem escrita. Percebemos, pois, a linguagem oral quando ouvimos os sons verbais e produzimos linguagem oral no momento da fala. A criança ouve primeiro para depois falar. Já a linguagem escrita é percebida visualmente no momento da leitura e produzida na escrita. O caminho é muito simples: escuta dos sons verbais, fala, tradução e condensação dessas realidades em texto e escrita. A operação mais complexa é a da escrita; a menos complexa, a da audição. A audição é o ponto de partida da trajetória que apresentei aqui.
O que fazer em casa? Estimular a audição, e não a visão. Infelizmente grande parte das escolas comete o erro de dar ênfase excessiva ao visual. Por isso, leia muito para os seus filhos: histórias, poesias, contos de fadas etc. Trata-se de uma prática que deve ser diária. Você pode também comprar CDs com audiobooks e deixar que as crianças ouçam histórias contadas e parlendas. Outra dica: comprem o CD Cantigas e Rimas, volumes 1 e 2, da coleção MPBaby. Só indico cantigas e rimas, apenas esses dois volumes. Ali vocês encontrarão músicas folclóricas e parlendas. Coloquem esses CDs todos os dias para que seus filhos ouçam, cantem e entoem parlendas. O meu filho ouve essas músicas desde que nasceu, hoje, com pouco mais de 2 anos, ele é capaz de recitar todas as parlendas dos CDs. Outra indicação muito interessante é a coleção Disquinho.
Para treinar a memória auditiva das crianças, tão fundamental no processo de pré-alfabetização e alfabetização, é importante que todos os dias você emita instruções com uma seqüência de ações para o seu filho fazer. Por exemplo: “Vá à cozinha, pegue um copo e traga para mim”. É uma seqüência de 3 comandos de ações. Com o tempo você pode tornar mais complexa a atividade, conforme o desempenho da criança. Tenho certeza de que seus filhos gostarão muito dessas atividades, eles vão se sentir desafiados cada vez que a seqüência for aumentada.
A exposição visual das letras e das palavras será sim importante, mas em outro momento. Siga os passos que indiquei aqui, pratique as atividades sugeridas e evite em sua casa esse erro tão freqüente nas escolas de nosso país.
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Olá Carlos, tudo bem?
Como estão as coisas por aí, em Londrina?
Ouvindo, cantando e tocando música com seu pequeno?
Adoramos o vídeo e gostaríamos de agradecer a você pela indicação dos nossos CDs Cantigas e Rimas!
Parabéns pelo blog e pela linda iniciativa em pré-alfabetização!
Quando quiser, podemos escrever algum post relacionado a música e primeira infância para o blog, será um prazer.
Abraços e até mais!
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Que bom conhecer seu trabalho! Sou professora de alfabetização há mais de uma década! E sempre procuro métodos que possibilitem que o aluno tenha facilidade em assimilar as didáticas que temos que passar, pois fui alfabetizada na década de 70 e o método me deixou frustada! Não entendia o porque de nada! Nada fazia sentido em minha cabeça! Eu chorava muito! Meu pai muito rígido! Enfim tudo era um mundo de letras que eu não sabia o som! Hoje penso que a criança deve conhecer tudo que esta ao seu redor antes de começar em uma gama de tarefas! Fico feliz em divulgar seu trabalho na página de minha escola e também para os professores e pais que me seguem!
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Oi!
Coloquei minha filha esse ano na escola mas preferia q ela fosse só aos 6 anos, apesar de gostar de ter um tempinho pra mim agora. Mas a idade obrigatória para colocar é aos 4 anos agora, não é?
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Essa foi a dica que as crianças aqui em casa mais gostaram!! Cantigas e rimas, minha filha de 2 anos ainda balbucia muito, mas desde que introduzi a musicalização ela tem desenvolvido muito a fala e tentado sempre acompanhar as músicas. Adquiri um livro da Cecilia Meireles ao qual foi indicado em outro vídeo (Ou isto ou aquilo) e venho lendo ele todos os dias a tarde e a noite para os 4 filhos. Também comprei um livro da escritora Ruth Rocha “Poemas que escolhi para as crianças” onde ela selecionou poemas de vários escritores. Lindos poemas e ilustrações mais lindas ainda!
Mais uma vez obrigada por suas dicas preciosas e fique com Deus!
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Sou mãe de uma filha de 07 anos e estou tendo dificuldades com a alfabetização dela. Ela é hiperativa e percebo a dificuldade dela em memorizar as coisas e não temos escolas ou profissionais preparados para lidar com crianças hiperativas, por favor me orientem pois estou muito preocupada.
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Olá, Maria Conceição.
Nós já contatamos um especialista nesta área e em breve teremos novidades.
Continue nos acompanhando. 🙂
Abraço!
Pâmela Arumaa
Suporte
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E no caso da alfabetizacao da crianca com deficiencia? Como estimular corretamente em casa? No caso da crianca surda, o estimulo visual e o fono audiologico nao parece ser o suficiente. Para a crianca com cegueira, deficiencia intelectual, neurologica, ou mental, devem haver outros metodos que possamos utilizar em casa, de modo a ajudar e estimular no desenvolvimento das nossas criancas.
Seria possivel, professor, que os seus conselhos tambem contemplem os pais de criancas com deficiencia, por favor?
Obrigada.
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Boa noite, fiquei meio confusa sobre que idade estamos nos referindo, no caso de crianças de 5 ou 6 anos não acredito que só desenvolver a percepção auditiva seja suficiente. Na sua conduta de alfabetizador dar certo? Gostaria de trocar mais informações sobre o assunto.
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um momento Ahá!!!!!
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Eu sempre tentei levar meu filho pro lado da música, a única atividade que eu “forçava” ele a fazer. Mas não adianta, ele sempre foi da tv. Ele amava o desenho “Super Why”, e como só passa uma vez ao dia, eu deixava ver, bem como o Vila Sésamo. Com o tempo eu percebi que ele desenvolveu uma obsessão pelas letras. Com 3 anos ele já conhecia o alfabeto e com 4 começou a me perguntar como se escreviam as palavras. Eu nunca imaginei, mas ele começou a grafar as letras certinho. Em poucas semanas, ele grafou “caciopéia” sem ajuda nenhuma. No ano seguinte, já estava lendo. Fiquei com dozinha, pois achei muito cedo. Essa brincadeirinha de dar ordens pra executar, são muito difíceis pra ele. Ele não tem concentração quando ouve algo, pra tirar uma roupa e vestir outra, pra jogar um papel no lixo certo, é complicado, porque ele ouve, mas não assimila muitas vezes o que é falado.
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Carlos, bom dia!
Tenho dois filhos, uma menina de 3 anos e um menino de 1 ano e sete meses, eles ainda não vão a escola, preferi assim… e estava procurando na internet o que fazer pra ajuda-los no procedimento pré- alfabetização… Foi o próprio Deus que me ajudou a achar seu blog, estou amando as dicas é realmente o que preciso! Estudo pedagogia e realmente o curso não nos prepara para educação, dura realidade… Obrigada por tudo, Deus o abençoe!!
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Nossa, minha versão dessa parlenda é maior:
“Cadê o ovo?
O frade bebeu.
Cadê o frade?
Tá rezando a missa.
Cade a missa?
Tá dentro de uma caixinha.
Cadê a caixinha?
Desceu o rio abaixo.
E por onde ela passou?
Por aqui, por aqui, por aqui, por aqui (nesse momento a gente faz cócegas)…”
Acho divertido!
Gostei muito das dicas.
Realmente, minha filha foi para a escola agora com 4 anos. Ela já sabia o nome de boa parte das letras (eu desenhei um alfabeto na parede, e ela brincava de me perguntar os nomes delas), mas na hora de escrever foi mais complicado mesmo. Agora começaram a treinar a cursiva na escola. “Que coisa mais complicada, viu?” Aí, na hora do dever de casa, ela me pede ajuda. O que eu faço numa hora assim, é tentar lembrar uma forma mais simples que ela já saiba fazer e a partir dela, completar a letra.
Bom, obrigada! E tenha um bom dia!
Abração.